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PSYCHOMEDIA
TERAPIA NEL SETTING INDIVIDUALE
Psicoanalisi in America Latina



Psicanálise: aspectos de uma crise anunciada

por Maria Tereza Mantovanini



“PA. Todos os Institutos são mortos; portanto, como todos os objetos inanimados, seguem leis e sub-leis que são compreensíveis dentro dos limites do entendimento humano. Entretanto, como estas Instituições são compostas de pessoas e indivíduos, que são susceptíveis de desenvolvimento, a Instituição começa ceder à pressão.
(Bion, W. R., 1996).


Introdução

No início de minha formação na SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo), em 1994, não encontrava nenhuma dificuldade para atender a diversos pacientes quatro ou mais vezes por semana, por longos períodos, de acordo com os padrões exigidos pela IPA (International Psychoanalytical Association). Em 2000, quando o número de pacientes começou a diminuir, atribuí o problema a uma dificuldade minha somente. Mas, conversando com colegas, percebi que os consultórios psicanalíticos, em geral, enfrentavam o mesmo problema.

Diante da amplitude do fenômeno, resolvi estudá-lo em minha dissertação de mestrado (Mantovanini- 2007) Para tanto, delimitei-me ao Centro Clínico e de Pesquisa (CCP). Essa entidade composta por analistas formados e analistas em formação, orientados por profissionais mais experientes, atende a pacientes com interesse por psicanálise, mas sem condições financeiras. Escolhi o Centro como laboratório de pesquisa, porque, apesar de encontrarem ali condições favoráveis de preço e freqüência, muitos pacientes sequer compareciam à primeira entrevista ou abandonavam o atendimento após algumas sessões. Apenas uma pequena minoria permanecia em análise por mais de seis meses.

Vozes do Centro

Iniciei minha investigação entrevistando os coordenadores de grupos e os analistas que participavam do Centro. Durante essas entrevistas, procurei manter uma atenção flutuante, a fim de que os temas relevantes emergissem naturalmente. Conforme a pesquisa avançava, revelou-se um panorama mais amplo que me levou a mudar o foco da pesquisa e a centrá-la na crise da psicanálise.

O diretor e os coordenadores dos grupos reconheciam a diminuição de pacientes interessados em análise e enfatizavam a importância de o Centro divulgar a psicanálise na comunidade, a fim de que ela não perdesse terreno para outras opções terapêuticas nem se restringisse à analise de formação. Sublinhavam ainda a necessidade de captar pacientes, para que os candidatos pudessem completar sua formação analítica.

Os colegas entrevistados também expressavam forte expectativa de receberem, por meio da triagem institucional, pacientes que quisessem e pudessem fazer análise segundo o modelo aprendido na formação. Entretanto, na maior parte das vezes, os pacientes não se adaptavam às condições da clínica tradicional e abandonavam o atendimento. Havia, portanto, um frustrante descompasso entre o desejo de atender conforme as exigências da formação analítica e a realidade.

Por outro lado, quando traçavam o perfil do paciente que atenderia às exigências da clínica-padrão, os entrevistados acabavam por descrever indivíduos com características tão idealizadas que, no limite, não precisariam de atendimento, a não ser para expandirem a própria vida mental, casos que sabemos serem raros.

Embora seja próprio do trabalho analítico analisar e não atender aos desejos dos pacientes, analistas formados e em formação sentiam-se desconfortáveis com as condições exigidas pela clínica-padrão e viam necessidade de mudar os modelos tradicionais de atendimento e transmissão da psicanálise.

Os profissionais do CPP deparavam-se, portanto, com uma clínica em processo de transformação, para a qual precisavam desenvolver novos recursos teóricos, técnicos e de personalidade. Essa tarefa tornava-se ainda mais complexa, considerando que a formação analítica continuava apoiada sobre o tradicional tripé da análise pessoal, dos cursos teóricos e das supervisões.

Ponderar se os critérios formais da técnica identificada com A psicanálise continuavam colaborando para o desenvolvimento de um pensamento independente trazia dilemas intricados. Afinal, ao completar o período de formação dentro dos moldes-padrão, poderia o analista exercer uma clínica em outro formato e ainda assim chamá-la de psicanalítica? A crise que suscitou essas perguntas se mantém.

Notas a respeito de uma crise

A psicanálise é um processo longo e requer investimentos que ultrapassam as condições materiais. “Para falar claramente, a psicanálise é sempre questão de longos períodos de tempo, de meio ano ou de anos inteiros – de períodos maiores do que o paciente espera”.(Freud, 1919, p.179). Em busca de textos teóricos sobre a duração do processo analítico, encontrei somente um artigo de Jiménez (2006), no qual o autor constata que a maioria dos pacientes abandona as terapias analíticas depois de cinco a oito sessões. Ainda que possa ser verdadeiro, esse comportamento não explica a significativa diminuição na procura por análise constatada pela IPA.

Alguns autores vêem esse fenômeno como reflexo de mudanças culturais e psicopatológicas. Ahumada (1997), por exemplo, identifica a crise da psicanálise com a cultura inerente à sociedade global, que teria substituído a auto-reflexão pelo uso da mente “como músculo” e expulsado as excitações em vez de contê-las e elaborá-las. A eliminação do pensar reflexivo provocaria o que ele, citando Gaddini (1992), chama de psicopatologias de gratificação peremptória.

Seguindo a mesma linha de pensamento, Rocha Barros (1999) entende que as crises são necessárias, porque impedem a estagnação do saber psicanalítico. Mas assinala que, no mais das vezes, quando se fala em crise da psicanálise, está se falando de crise de mercado. Dentro desse recorte, a psicanálise precisaria inovar-se para agradar aos pacientes consumidores. No caso, agradá-los seria oferecer-lhes alívio imediato. Eis porque o autor critica as tentativas de mudar o setting psicanalítico, para atender às pressões do mercado. Para ele, a verdadeira inovação viria do questionamento dos fundamentos da psicanálise e não de sua adaptação às demandas do mercado.

Portanto, tanto Ahumada quanto Rocha Barros rejeitam a divulgação de fácil consumo, sob o argumento de que a experiência psicanalítica só pode ser compreendida se vivida na situação de análise. Caso contrário, corre o risco de se tornar um conhecimento meramente teórico, distante de sua verdadeira natureza. O verdadeiro caminho para superar, de forma criativa, a crise da psicanálise seria retomar o espírito investigativo de seus pioneiros.

Fabio Herrmann, em artigo sobre clínica extensa e psicanálise, corrobora essa posição ao assinalar que a repetição mecânica de chavões esgota a clínica-padrão psicanalítica, porque a distancia do espírito inovador e investigativo de seu criador. A técnica psicanalítica padrão - a livre associação do paciente, a atenção flutuante do analista, as interpretações transferências, a neutralidade - não é boa nem má em si mesma Tudo depende se é usada “de modo aberto como inspiração ou de modo fechado como um ritual”. (Herrmann, 2005, p.19).
Para Herrmann (2002), a crise da psicanálise não se encontra somente na falência da clínica-padrão ou na falta de pacientes, mas no que ele denomina a psicanálise como resistência à Psicanálise. O psicanalista que vê as teorias psicanalíticas como fato acabado e não como hipótese operativa afasta-se totalmente do espírito de descoberta que caracterizou os grandes mestres. Sob essa perspectiva, a crise atual seria tanto da clínica-padrão, quanto da teoria-padrão a ela ligada. Ao ser reificada, transformada em saber acabado, as teorias tornam-se um obstáculo ao desenvolvimento da psicanálise enquanto ciência do homem moderno.

Histórico de uma crise

A pesquisa sobre a falta de permanência dos pacientes em análise descortinou uma crise de proporções mundiais. No final dos anos 90, a IPA passou a pressionar seus Institutos filiados, para que deixassem de ser somente um local de transmissão da psicanálise, encerrados em si mesmos e se abrissem para a sociedade. Essa seria a condição para a sobrevivência da psicanálise como terapia.

Em 1997, constituiu um comitê de pesquisa, com a finalidade de conhecer a realidade das práticas psicanalíticas de todos os seus membros e tomar as medidas necessárias para defender sua especificidade dentre as diversas práticas terapêuticas. Para tanto, enviou um questionário a todas as Sociedades e grupos de estudos a ela filiados. Nesses questionários, todos os psicanalistas declararam trabalhar com psicoterapia individual face a face. Com exceção de algumas variações regionais, as terapias definidas como psicanalíticas constituíam a parte principal da prática dos membros que não desempenhavam função de formação.

Na América do Norte, a maioria dos membros expressava interesse pela ampliação do espectro de indicações para o tratamento psicanalítico e via um continuum entre psicanálise e psicoterapia. Ao mesmo tempo, porém, temiam que a perda de limites entre ambas levasse à dissolução da identidade da psicanálise, especialmente da especificidade do tratamento psicanalítico de pacientes neuróticos.
Na Europa, de maneira geral, as formações psicanalíticas e psicoterápicas eram feitas pela mesma instituição. Da Noruega, veio um dado muito significativo: embora as sessões de tratamento fossem reembolsadas integralmente pelos seguros-saúde, qualquer que fosse sua freqüência, poucos pacientes aceitavam comparecer quatro ou cinco vezes por semana. Outro dado interessante: a Sociedade Britânica não enviou resposta ao questionário.
Na América Latina, psicoterapeutas e psicanalistas sofriam severos problemas de identidade. Formados como subproduto da psicanálise, os psicoterapeutas sentiam-se tratados como bastardos e, reunidos em associações, pressionavam a IPA para serem reconhecidos como psicanalistas.

Em 1999, a BPSP, com o intuito de analisar as dimensões da crise, realizou, em São Paulo, fóruns com o tema Psicanálise e Psicoterapia. No mesmo ano, o Jornal de Psicanálise publicou vários artigos desses fóruns, entre os quais destaco Psicanálise, psicoterapia e afins, de Eva (1999) e Psicanálise, psicoterapia, crise e possibilidades da psicanálise, de Castro (1999). Para esses autores, a psicanálise não se caracteriza por critérios formais, como o uso do divã ou o número de sessões semanais, mas pelo método de observação e pela técnica de intervenção.

Em janeiro de 2000, a Sociedade Psicanalítica de Paris promoveu um colóquio, para discutir a diversidade das práticas psicanalíticas no mundo. Seu organizador, André Green, expressou a necessidade de discutir esse assunto espinhoso e negado por muito tempo.

A história da psicanálise em São Paulo mostra as mudanças sofridas nas últimas décadas. Nascida, em nosso meio, como atividade que garantia boa remuneração e status social, a carreira atraía muitos profissionais da saúde. Em meados dos anos 70, quando a SBPSP perdeu o monopólio da formação psicanalítica, esse prestígio entrou em declínio e terminou no final dos anos 80. O mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. A proliferação de formações fora dos padrões da IPA atingiu, em cheio, a clínica padrão sustentada pela SBPSP e exigida de seus candidatos. Concessões precisavam ser feitas e eram, mas não podiam ser consideradas oficialmente, pelo menos no que dizia respeito à formação.

Ao mesmo tempo, a partir de meados dos anos 80, a inserção feminina no mercado de trabalho mudou o perfil dos psicanalistas. Anteriormente formado, predominantemente, por médicos e homens, o grupo foi incorporando, mesmo na SBPSP, uma maioria de mulheres e de não-médicos (basicamente psicólogos) .

A história dos Ambulatórios e Centros de Atendimento da SBPSP também sinaliza mudanças. Desde sua criação até meados dos anos 90, esses espaços, guardadas as especificidades de cada época, tinham a finalidade de colaborar para a formação dos candidatos, oferecendo pacientes para as supervisões oficiais. A partir desse momento, incluindo-se aí o próprio SAT (Serviço de Atendimento), essas entidades tornaram-se uma fonte de encaminhamentos para analistas em formação ou não. Sinal de que os tempos estavam mudando?

Algumas considerações finais

Pode-se afirmar que, dada a concorrência com as psicoterapias e outras formas de abordagem dos problemas mentais, como a medicação, a crise da psicanálise é, em princípio, teórica, cultural e profissional e, a despeito das características locais, estende-se pelo mundo todo.

Seu sintoma epidérmico - a diminuição do volume de pacientes, em especial, dos que aceitam submeter-se à clínica-padrão – tem um camada mais profunda e subjetiva. Ao que tudo indica, a clínica adquiriu características diferentes das de outrora. A mudança, porém, é percebida sem contornos definidos. Assemelha-se a um fantasma que incomoda e assusta, porque ameaça a viabilidade profissional dos psicanalistas e sua identidade.

No entanto, esse quadro intimidador talvez não passe de uma nova realidade, um desafio à nossa capacidade de lidar com situações indefinidas e frustrantes. Por isso, a crise deve ser abertamente discutida. Disso depende a sobrevivência da própria psicanálise enquanto prática terapêutica e os novos rumos para a formação dos futuros analistas.


Referências Bibliográficas


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Essa investigação abrangeu o período de 2002 a 2005, ou seja, desde o início do funcionamento do Centro, do qual também faço parte, até a eleição de nova Diretoria da SBPSP, que instituiu diversas mudanças nos processos de atendimento. Realizei entrevistas e questionários com os participantes do CCP: o Diretor, a Secretária/Assistente Social, coordenadores e analistas participantes dos grupos, inclusive do meu. Também pesquisei os documentos que embasaram a criação do Centro, seus estatutos e documentos elaborados na 1ª Jornada de Avaliação de seu funcionamento.

Comecei por uma pesquisa bibliográfica que incluía a história da psicanálise em São Paulo e dos Centros de Atendimento da SBPSP.

“... é difícil datar com exatidão o início da tomada de consciência da crise – isto pode remontar, com efeito, a um tempo bem grande para trás, mas meados dos anos 50 parece uma data razoável – durante muito tempo, Congresso após Congresso, escutávamos a argumentação vinda de instâncias das mais responsáveis, insistindo pesadamente na negação de tal crise. Foi preciso sensibilizar a IPA para que se decidisse a investigar esse assunto espinhoso.” (Green, 2006, p.232).

Em todas as pesquisas mensais de emprego e desemprego realizadas pela Fundação SEADE, em parceria com o DIEESE, há um levantamento do nível de ocupação por gênero. Cf. < HYPERLINK "http://www.seade.gov.br/" www.seade.gov.br>.


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